Passado o ano novo - durante muito tempo - meu destino , com minha mãe e meu irmão
Gondil, era o Pinhal. Sempre.
O que minha memória recorda me remete para final da década de 60.
Lá vivia minha vó Carlota Hortência Albrecht Kurtz. Mãe da minha mãe, óbvio.
No pequeno sítio dela brincávamos com os netos do Roth.
Não do competente treinador.
Nesse caso a família era dona de uma importante rede de varejo em Santa Maria.
Futebol,
sem grenalização. Noite sem luz mas, com muita alegria.
A vó contando histórias de seus antepassados quando chegaram no Pinhal( hoje Itaara) em meados de
1854. Jacob Albrecht, João Albrecht e João Henrique Kurtz (esse dois últimos avós de minha
mãe) que contribuíram para a história do hoje município situado mais ou menos 20km de Santa Maria.
Entre as histórias que contava sempre se referia aos primeiros sinos, não católicos,
trazidos para o Brasil por João H. Kurtz em 1885 , colocados na igreja do Pinhal ou melhor em Itaara.
Até hoje, é possível visitar a igreja e conhecer, ao lado, a
escola que minha mãe e seus irmãos e muitos outros jovens estudaram na década de 30.
Fruto das duas guerras parte dessa memória foi,
lamentavelmente, perdida.
Tenho um máquina de costura em minha sala ,de 1897.
Não sei de quem
herdei.
Um desenho da casa na qual minha mãe nasceu, de 1926 também esta em minha sala.
Poucas lembranças. Água de poço , o carinho da vó Carlota e o da Dileta.
Quem disser que alemães são frios não conhece nenhum alemão
ou descendente. Pelo menos das famílias Albrecht e Kurtz.
Orgulho dessa história.
Hoje, 20 de setembro de 2017 - ano dos 160 anos da chegada dos Albrecht em Santa Maria atualizo esse post com uma foto do avó de minha vó - Carlota Albrecht - e , também com uma assinatura do mesmo. Essa é uma das faces bacanas das plataformas digitais. Encontrei pesquisando no oráculo Google. Na época , quando postei, não havia localizado.
Viva La Vida. Trilha com Cold Play.